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SAÚDE MENTAL

O que é um perdedor? Quem tenta, perde e acaba no sofrimento? Quem se magoa com o próprio pensamento? E os vencedores são os que lidam com tudo na vida? Eu não era alguém com muitos objetivos Comia porque a minha mãe me obrigava Estudava senão chumbava Não fazia a cama e a minha avó gritava Acordava para voltar a dormir E falar pouco falava Tentava distrair-me com livros sobre como vencer Como vencer na vida e como nunca perder na luta contra mim mesma Considerava-me uma perdedora As mudanças pareciam insuportáveis O familiar reconfortante Não ligava muito a remédios, Preferia respirar por um instante Falava pouco, só o suficiente Mas a pergunta nunca se calava Seria eu uma perdedora? Perdedora por sentir a ansiedade,  Querer fugir do que é real e querer manter a idade? Às vezes pensar em acabar com a angústia de existir com uma solução permanente para problemas com resoluções? Estaria a perder por gastar tempo de vida a pensar em como escrever as 13 razões? Em qualquer momento pod...

Vida e Obra de Bocage

Bocage (1765-1805) foi um importante poeta português do século XVIII, considerado o maior representante do Arcadismo e o precursor do Romantismo. Poeta satírico, erótico e pornográfico, é vítima até hoje de sua própria fama e dos preconceitos que despertou. Vida e obra   estilo e linguagem epoca literária  A negra fúria Ciúme Morre a luz, abafa os ares Horrendo, espesso negrume, Apenas surge do Averno A negra fúria Ciúme. Sobre um sólio cor da noite Jaz dos Infernos o Nume, E a seus pés tragando brasas A negra fúria Ciúme. Crespas víboras penteia, Dos olhos dardeja lume, Respira veneno e peste A negra fúria Ciúme. Arrancando à Morte a fouce De buído, ervado gume, Vem retalhar corações A negra fúria Ciúme. Ao cruel sócio de Amor Escapar ninguém presume, Porque a tudo as garras lança A negra fúria Ciúme. Todos os males do Inferno Em si guarda, em si resume O mais horrível dos monstros, A negra fúria Ciúme. Amor inda é mais suave, Que das rosas o perfume, Mas envenena-lhe as graç...